A verdade é que evento de moto é tudo igual: motos, cerveja e rock'n'roll. Para uns algumas coisas a mais, para outros algumas coisas a menos. Isso e eu sou como um cachorro que, depois de correr atrás de um carro, não sabe o que fazer quando o carro para. O que realmente pode fazer diferença são as pessoas que encontramos neles. E este evento em Curitibanos tem, para mim, os caras do Lixões MC e o Fabiano, o xerife. Então faço questão de visitar e bater um papo, mesmo que curto, com eles.
E eu estava mesmo ansioso por este evento, que neste ano aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro, sábado e domingo. Muito porque no rabo das despesas com a obra da nova casa eu acabei por não pegar estrada por um longo longo tempo, exceto alguns passeios bem curtos, que nem dá para contar como "pegar estrada". O destino é sempre pretexto, o negócio é fazer passar muito asfalto sob as rodas.
Assim é que solicitei e consegui o alvará com a autoridade competente com bastante antecedência e preparei minha bagagem já uma semana antes do dia da viagem. Finalmente chegado o sábado, planejei planejei sair bem cedo, às 5:00, até porque precisaria pegar o caminho longo, uma vez que o trecho entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul está interditado e o caminho por Bom Jesus não me inspira confiança pelo asfalto.
Acordei umas 4:15, tomei um banho, botei a roupa, arrumei a bagagem na moto, beijei a esposa, acariciei e beijei os meninos e parti. Exatamente às 5:00.
Em São Chico. |
Aí, saindo de São Chico, o sol nascendo, bem, tudo vai melhorar, não? Não! Do nada o céu sumiu, uma neblina e umidade inacreditável. Novamente não via nada e fiquei encharcado. Pior que chuva, porque a água não escorria da viseira. E muito mais frio. Fiquei quase ao ponto de desistir. Parei para tomar um café no posto de Tainhas e esperei que o céu abrisse ao menos um pouco. Não abriu. Mesmo assim segui viagem.
Em Vacaria. |
Depois de Vacaria o céu começou a abrir e a viagem se tornou mais prazerosa. Chegando em Curitibanos, ainda nublado, mas bem pouco, o sol deu as caras e prometia brilhar forte. E brilhou forte e quente. Muito quente!
Cheguei ao evento em torno das 13:00, cumprimentei o xerife, que recepcionava os participantes, encontrei o local com as cores dos Lixões, que ainda não tinham chegado, e já me acheguei. Logo depois alguns deles, que foram antes e montaram o espaço deles, chegaram e, como era de esperar, me receberam muito bem. Conversei um pouco com eles e depois fui comer um burguer em um dos food trucks.
Pouco tempo depois, já de volta ao ponto de concentração dos Lixões, eles chegaram, barulhentos e divertidos. Cumprimentei vários e paguei a cota para aproveitar a cerveja e o churrasco. Depois disso, vocês podem imaginar como foi...
Ah, sim, eu levei a GoPro e o celular (para tirar fotos), mas acabei não fazendo uso, exceto por umas poucas fotos (todas postadas aqui e/ou no Instagram). Achei que não saberia registrar o evento, seja com foto, seja com palavras. Assim, posso resumir dizendo que de tudo que vi no evento há três coisas que vale destacar:
- Antes de tudo, cabe falar mais um pouco dos caras dos Lixões MC. Vários deles me cumprimentaram muito afetuosamente e me perguntaram sobre a casa nova, sobre a tentativa felizmente frustrada de vender a moto, sobre a viagem... Demonstraram muito respeito e atenção. Eu gosto muito desse pessoal!
Lixões MC, as motos. Lixões MC, as cores. - Havia uma Indian Chief Vintage de algum participante do evento e mais uma Vintage e uma Classic em um dos stands. A Chief é uma moto impressionante. Brasileiro não gosta muito do estilo paralamão, mas é exatamente o meu gosto: uma moto imponente e, uau, aquele motor! Mais: a moto vestida é bonita e tal, mas pelada ela é um desbunde! Eu acho mais provável eu tocar o bom e velho "projeto bagger" com uma Road King (que também é uma moto impressionante, apenas que já é velha conhecida), mas, por essa possibilidade de configuração pelada, eu queria mesmo era a Springfield.
Indian Chief Classic. - A maior e mais agradável surpresa que eu tive foi ver uma Sportster Custom prata com o dresser kit cromado para o motor. A surpresa foi agradável porque eu cheguei a pensar que o dresser kit, ao contrário das capas cromadas em si, não ficaria tão bom. Mas fica. Sim, um olhar atento vê logo que se trata de uma capinha e não de peça do motor. Mas pela diferença de custo, eu acho que a coisa vale muito a pena. Além disso, a moto estava com outras peças cromadas cobrindo o motor cinza. Perfeito! É isso o que vou fazer (a hora que a grana não estiver assim tão escassa).
Depois de uma boa bebedeira e um bom charuto, saí meio que de fininho para a área de camping. Montei a barraca, enchi o colchão inflável e desmaiei nele. Cochilei bem umas duas horas e depois acordei para um banho e um sono mais confortável. Fiquei um tanto decepcionado com o comportamento dos acampantes. Muito barulho e pouco respeito (demonstrado também na sujeira deixada nos banheiros). Mas, enfim, a área destinada ao camping era boa (só faltou pontos de energia, mas eu me virei com isso) e eu estava cansado pacas... Dormi mesmo assim.
Iniciando a volta. |
A volta foi bem mais tranquila e gostosa de fazer. O céu estava nublado por todo o caminho, mas não choveu nem estava frio. Agora com boa visibilidade, pude ver que a estrada é bastante divertida, apesar das irregularidades e buracos na pista que fazem das curvas mais perigosas do que deveriam (mesmo em baixa velocidade).
Ah, a propósito, descobri que o que me causava dor de cabeça pelo capacete era o conjunto "perna do óculos - balaclava - botão da espuma mal fechado" (sim, todo este tempo com este capacete eu achava que o posicionamento dos óculos só ficaria bom com o botão aberto). Tirei a balaclava, consegui posicionar os óculos com o botão da espuma bem fechado e, voilà, adeus dor de cabeça! Mas eu ainda o quero trocar por um capacete articulado.
Ah, a propósito, descobri que o que me causava dor de cabeça pelo capacete era o conjunto "perna do óculos - balaclava - botão da espuma mal fechado" (sim, todo este tempo com este capacete eu achava que o posicionamento dos óculos só ficaria bom com o botão aberto). Tirei a balaclava, consegui posicionar os óculos com o botão da espuma bem fechado e, voilà, adeus dor de cabeça! Mas eu ainda o quero trocar por um capacete articulado.
Massa seu relato... acredito que tenha sido um bom evento!
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