domingo, 14 de julho de 2013

A compra da Heritage

Heritage Softail Classic 2008.
Já fazia tempo que eu havia vendido a Mirage e finalmente me via numa situação financeira que possibilitasse a compra de uma moto.

Como sempre tive receio de comprar veículos usados, porque não entendo patavina de mecânica e não tenho olhos para defeitos, e como a grana não chegava para algo maior, pensava em pegar uma Sportster zerada e tentei negociar na IESA, em Porto Alegre, e na Floripa HD, em Florianópolis. Com a IESA era impossível negociar e o atendimento para lá de lamentável. Na Floripa a coisa caminhava melhor, ao menos em termos de atendimento.

Uma das fotos do anúncio da Autostar.
Foi quando vi o anúncio de uma Heritage Classic sem nenhum dos acessórios na Autostar, em São Paulo. 

Eu não gosto das tachinhas dos alforges originais e o preço pedido, por conta da ausência dos acessórios, estava bem razoável. Então iniciei as negociações, solicitei mais algumas fotos, pedi informações e acabei por fechar a compra. Usada mesmo. Arrisquei.

Agora, compra feita, planejei a viagem para buscá-la no dealer, o que ficou acertado de acontecer no dia 12 de junho de 2013. Iria de de avião e voltaria rodando. Algo fantástico.

Combinei com o vendedor de estar tudo pronto para eu pegar na sexta ao meio dia. 

Para a viagem de volta eu combinei de me encontrar com um colega de trabalho, que se mudava de São Paulo para Canela e traria sua moto, rodando comigo. O plano era sair do dealer e tocar até Florianópolis (e pernoitar na casa da minha irmã). Ou pelo menos tocar até Curitiba.

Bem, esta era a ideia. Mas foi uma maratona!

Retirada da Heritage,
com o vendedor Augusto.
Ainda em Porto Alegre, no aeroporto, adivinhem? Vôo cancelado! Desinformação comum de aeroportos e caos total, mas consegui pegar um vôo e cheguei em São Paulo às 15:30. Finalmente, atrasado porém conforme previsto, dia 12, portanto, lá estava eu no dealer. Ansioso como uma criança diante de um desejado presente de Natal. 

O vendedor, muito atencioso, deixou tudo preparado, conforme o combinado. Mesmo assim, o processo foi longo, só para eu ver minha ansiedade aumentar. Mas, enfim, peguei a menina e tirei uma foto com o vendedor.

Até sair de lá, no entanto, já era finzinho do dia.

Meu colega já estava lá e conversamos sobre o que fazer. Decidimos seguir para a estrada e ver até onde conseguiríamos ir. E foi tudo bem tranquilo até passarmos a Serra do Cafezal. Logo depois, entretanto, havia um acidente com um caminhão atravessado na pista. Só danos materiais, felizmente, mas ficamos parados esperando a liberação da pista por pelo menos umas duas horas.

No hotel em Registro.
Tudo tranquilo, eu disse? Eu sou baixinho. E o guidão estava bem lá na frente. Resultado: dor enorme no pescoço. Quando vi as fotos do anúncio e as que o vendedor me enviou eu pensei: "não posso esquecer de ajustar esse guidão lá". Pois é, com o atraso, a ansiedade e a empolgação nem me lembrei disso, mesmo saindo da concessionária olhando para ele. 

Enfim, saída tardia, atraso por acidente e dor no pescoço, resolvemos parar para pernoitar em Registro.


Parada já perto de Floripa.

No dia seguinte segui o que deu com o guidão como estava. Entretanto, já após a Serra entre Curitiba e Florianópolis eu não aguentei mais. Parei num posto e pedi pelo amor de Deus ferramentas para ajustar o guidão. O frentista foi bastante solícito e me arrumou as ferramentas necessárias.

Uma vez ajustado o guidão, que diferença! A pilotagem ficou perfeita, inclusive com maior segurança nas curvas. Mas os quilômetros rodados até ali cobraram seu preço em meu pescoço. Doeu o resto da viagem.

Uma coisa já me estava clara: eu teria que colocar um guidão maior e com bastante pullback.

Eu, minha irmã e seu namorado.
Meu colega e eu.
Tocamos até Florianópolis e lá pernoitamos, de acordo com o plano original.

E ainda minha irmã nos levou a um barzinho para relaxar da viagem e, acima de tudo, aliviar minha dor no pescoço.

Murphy e sua lei realmente nos perseguiram nesta viagem!
No dia seguinte seguimos até Canela e todo o restante da viagem foi tranquila. Eu toquei bem pianinho e com muitas paradas por conta do pescoço. Nem a chuva que só chegou já perto de casa atrapalhou. Enfim deixamos o Murphy para trás!

Cheguei em Canela verdadeiramente exausto. Mas com um sorriso que nunca mais saiu do meu rosto!

Em casa, já sem banco de garupa e eu com muitas idéias de customização.
Poucos dias depois, com o bagageiro na garupa.
Coloquei vários destacáveis nela. Mas foi assim, nua, a configuração em que ela ficou mais bela. 

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