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Curva acentuada à esquerda |
No último sábado em que passeei de moto, há duas semanas,
levei um baita susto.
Eu estava descendo a Serra, de Nova Petrópolis em direção a Porto Alegre. Seguia na boa, até mais devagar que de costume (o que, aliás, eu acho que é sempre um "criador" de situações de risco, inclusive, e até mais, de carro). Então, em uma determinada curva, eu relativamente devagar, mas mais rápido do que eu esperava, e dando mais atenção ao carro atrás que à curva à frente, comecei a abrir na danada.
Ainda bem que era uma curva à esquerda, mas também por isso, no rumo que eu estava, e pela distância da valeta lateral, já nem dava para tentar ajeitar via contra esterço (se é que eu saberia usá-lo). Meti o pé no freio. Sim, eu ainda tenho o vício de confiar mais no freio traseiro que no dianteiro (que eu usei também). A roda traseira travou e eu soltei e voltei a pisar o freio, simulando, quanto dá, um abs.
Foi ótimo: a roda travada jogou a traseira para a direita e, junto com o inconsciente contra esterço, corrigiu a trajetória. A simulação porca de abs fez o resto, permitindo que eu terminasse a curva. Foi ótimo, mas foi pura sorte!
Sem essa de "custom não faz curva". A moto tem limitações de inclinação, claro, mas tudo depende mais de se ajustar à tocada própria de cada tipo de moto e conhecer suas próprias limitações. Para quem gosta de custom, o primeiro aspecto é tranquilo. Já o segundo costuma nos pregar peças! E tanto mais quanto mais confiança vamos tendo com a experiência.
Depois do susto segui ainda mais na boa e deixei de dar tanta atenção ao retrovisor. E, acima de tudo, fiquei pensando que o melhor é mesmo não adquirir confiança alguma, mas sim ser um medrosão e lembrar constantemente que não tenho habilidade alguma.
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Curvas? Só na manha! |