segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Curitibanos Harley & Custom 2016

A verdade é que evento de moto é tudo igual: motos, cerveja e rock'n'roll. Para uns algumas coisas a mais, para outros algumas coisas a menos. Isso e eu sou como um cachorro que, depois de correr atrás de um carro, não sabe o que fazer quando o carro para. O que realmente pode fazer diferença são as pessoas que encontramos neles. E este evento em Curitibanos tem, para mim, os caras do Lixões MC e o Fabiano, o xerife. Então faço questão de visitar e bater um papo, mesmo que curto, com eles.

E eu estava mesmo ansioso por este evento, que neste ano aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro, sábado e domingo. Muito porque no rabo das despesas com a obra da nova casa eu acabei por não pegar estrada por um longo longo tempo, exceto alguns passeios bem curtos, que nem dá para contar como "pegar estrada". O destino é sempre pretexto, o negócio é fazer passar muito asfalto sob as rodas.

Assim é que solicitei e consegui o alvará com a autoridade competente com bastante antecedência e preparei minha bagagem já uma semana antes do dia da viagem. Finalmente chegado o sábado, planejei planejei sair bem cedo, às 5:00, até porque precisaria pegar o caminho longo, uma vez que o trecho entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul está interditado e o caminho por Bom Jesus não me inspira confiança pelo asfalto.

Acordei umas 4:15, tomei um banho, botei a roupa, arrumei a bagagem na moto, beijei a esposa, acariciei e beijei os meninos e parti. Exatamente às 5:00.

Em São Chico.
O início de viagem foi tenebroso! Primeiro, como uso óculos e a perna dele me força as têmporas, deixando-me com uma dor de cabeça terrível, tentei usar uns óculos com elástico (que possui um clip interno com lentes de grau). Mas aquilo, no clima ainda um tanto frio da madrugada, embaçava demais e a visibilidade era muito ruim. Então parei em São Francisco de Paula e coloquei de volta os óculos velhos de guerra. 

Aí, saindo de São Chico, o sol nascendo, bem, tudo vai melhorar, não? Não! Do nada o céu sumiu, uma neblina e umidade inacreditável. Novamente não via nada e fiquei encharcado. Pior que chuva, porque a água não escorria da viseira. E muito mais frio. Fiquei quase ao ponto de desistir. Parei para tomar um café no posto de Tainhas e esperei que o céu abrisse ao menos um pouco. Não abriu. Mesmo assim segui viagem.

Em Vacaria.
Até Caxias a serração e a umidade continuaram a fazer da viagem um horror. Depois melhorou. Ainda um pouco frio e bastante nublado, mas agora eu já podia enxergar. Mas a tensão do início me deixou dolorido e cansado. Parei na saída de Vacaria para abastecer e aproveitei para relaxar um pouco.

Depois de Vacaria o céu começou a abrir e a viagem se tornou mais prazerosa. Chegando em Curitibanos, ainda nublado, mas bem pouco, o sol deu as caras e prometia brilhar forte. E brilhou forte e quente. Muito quente!

Cheguei ao evento em torno das 13:00, cumprimentei o xerife, que recepcionava os participantes, encontrei o local com as cores dos Lixões, que ainda não tinham chegado, e já me acheguei. Logo depois alguns deles, que foram antes e montaram o espaço deles, chegaram e, como era de esperar, me receberam muito bem. Conversei um pouco com eles e depois fui comer um burguer em um dos food trucks.

Pouco tempo depois, já de volta ao ponto de concentração dos Lixões, eles chegaram, barulhentos e divertidos. Cumprimentei vários e paguei a cota para aproveitar a cerveja e o churrasco. Depois disso, vocês podem imaginar como foi... 
Uma das poucas fotos que tirei durante o evento
(as três Softail estavam bonitas juntas).
Ah, sim, eu levei a GoPro e o celular (para tirar fotos), mas acabei não fazendo uso, exceto por umas poucas fotos (todas postadas aqui e/ou no Instagram). Achei que não saberia registrar o evento, seja com foto, seja com palavras. Assim, posso resumir dizendo que de tudo que vi no evento há três coisas que vale destacar:
  • Antes de tudo, cabe falar mais um pouco dos caras dos Lixões MC. Vários deles me cumprimentaram muito afetuosamente e me perguntaram sobre a casa nova, sobre a tentativa felizmente frustrada de vender a moto, sobre a viagem... Demonstraram muito respeito e atenção. Eu gosto muito desse pessoal!
    Lixões MC, as motos.
    Lixões MC, as cores. 
  • Havia uma Indian Chief Vintage de algum participante do evento e mais uma Vintage e uma Classic em um dos stands. A Chief é uma moto impressionante. Brasileiro não gosta muito do estilo paralamão, mas é exatamente o meu gosto: uma moto imponente e, uau, aquele motor! Mais: a moto vestida é bonita e tal, mas pelada ela é um desbunde! Eu acho mais provável eu tocar o bom e velho "projeto bagger" com uma Road King (que também é uma moto impressionante, apenas que já é velha conhecida), mas, por essa possibilidade de configuração pelada, eu queria mesmo era a Springfield.
    Indian Chief Classic.
    Indian Chief Vintage.
  • A maior e mais agradável surpresa que eu tive foi ver uma Sportster Custom prata com o dresser kit cromado para o motor. A surpresa foi agradável porque eu cheguei a pensar que o dresser kit, ao contrário das capas cromadas em si, não ficaria tão bom. Mas fica. Sim, um olhar atento vê logo que se trata de uma capinha e não de peça do motor. Mas pela diferença de custo, eu acho que a coisa vale muito a pena. Além disso, a moto estava com outras peças cromadas cobrindo o motor cinza. Perfeito! É isso o que vou fazer (a hora que a grana não estiver assim tão escassa).
    Engine dresser kit, lado direito.
    Engine dresser kit, lado esquerdo.
Depois de uma boa bebedeira e um bom charuto, saí meio que de fininho para a área de camping. Montei a barraca, enchi o colchão inflável e desmaiei nele. Cochilei bem umas duas horas e depois acordei para um banho e um sono mais confortável. Fiquei um tanto decepcionado com o comportamento dos acampantes. Muito barulho e pouco respeito (demonstrado também na sujeira deixada nos banheiros). Mas, enfim, a área destinada ao camping era boa (só faltou pontos de energia, mas eu me virei com isso) e eu estava cansado pacas... Dormi mesmo assim.

Iniciando a volta.
Acordei no domingo lá pelas 7:00. Desmontei o acampamento, montei as coisas na moto, fiz minha higiene e parti de volta para casa, parando antes num posto para abastecer e me hidratar (rapaz, como eu estava precisando disso).

A volta foi bem mais tranquila e gostosa de fazer. O céu estava nublado por todo o caminho, mas não choveu nem estava frio. Agora com boa visibilidade, pude ver que a estrada é bastante divertida, apesar das irregularidades e buracos na pista que fazem das curvas mais perigosas do que deveriam (mesmo em baixa velocidade).

Ah, a propósito, descobri que o que me causava dor de cabeça pelo capacete era o conjunto "perna do óculos - balaclava - botão da espuma mal fechado" (sim, todo este tempo com este capacete eu achava que o posicionamento dos óculos só ficaria bom com o botão aberto). Tirei a balaclava, consegui posicionar os óculos com o botão da espuma bem fechado e, voilà, adeus dor de cabeça! Mas eu ainda o quero trocar por um capacete articulado.

Voltei na boa, bem devagar e curtindo o passeio. Cheguei em casa lá pelas 15:00. Uns trinta minutos depois o céu desabou em chuva torrencial. Ainda bem que eu já estava no calor e no conforto do lar, nos braços da minha amada esposa e dos meus filhos!
De volta ao lar! Até a próxima...

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Tattoo 3 - LRRM, ainda a cicatrização

Como eu disse na postagem anterior, antes de continuar a falar sobre a garagem-bar, vou fazer uma pequena nota sobre a evolução da tatuagem.

Eu tentei tirar várias fotos e em nenhuma se consegue ver o que se vê "ao vivo". Dá para ver que está diferente, mas não se vê tudo o que se vê a olhos nus. Então escolhi uma qualquer delas para mostrar como está agora.

A tattoo com pouco mais de três semanas.
E, bem, está agora descascando, muito depois do que me foi dito ser "normal". Nada demais, afinal, cada organismo reage a seu próprio modo. Mas o caso é que enquanto vai descascando (e o processo está bastante lento), fica feio pacas: parte preta, parte acinzentada, parte esbranquiçada. E esta parte esbranquiçada parece apresentar falhas. Que não dá para saber se é só a pele nova por cima ou se há mesmo alguma falha.

Bem, seja como for, tenho que esperar o processo de cicatrização terminar (por completo). Já conversei com a tatuadora e combinamos de fazer algum retoque que seja necessário (se for mesmo necessário, e acho que será, principalmente no mindinho e em algum traço mais fino) quando eu for fazer a próxima tatuagem.

E, ah há, isto é uma nova: decidi fazer aquela velha ideia "cruz e Bíblia" no antebraço esquerdo, em preto e cinza (preferencialmente realista, mas veremos). A princípio vou fazer isso em janeiro próximo, mas posso adiantar ou atrasar a coisa conforme a conveniência.

Enquanto isso, fico aqui ansioso que este processo de cicatrização termine logo!