segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Curitibanos Harley & Custom 2016

A verdade é que evento de moto é tudo igual: motos, cerveja e rock'n'roll. Para uns algumas coisas a mais, para outros algumas coisas a menos. Isso e eu sou como um cachorro que, depois de correr atrás de um carro, não sabe o que fazer quando o carro para. O que realmente pode fazer diferença são as pessoas que encontramos neles. E este evento em Curitibanos tem, para mim, os caras do Lixões MC e o Fabiano, o xerife. Então faço questão de visitar e bater um papo, mesmo que curto, com eles.

E eu estava mesmo ansioso por este evento, que neste ano aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro, sábado e domingo. Muito porque no rabo das despesas com a obra da nova casa eu acabei por não pegar estrada por um longo longo tempo, exceto alguns passeios bem curtos, que nem dá para contar como "pegar estrada". O destino é sempre pretexto, o negócio é fazer passar muito asfalto sob as rodas.

Assim é que solicitei e consegui o alvará com a autoridade competente com bastante antecedência e preparei minha bagagem já uma semana antes do dia da viagem. Finalmente chegado o sábado, planejei planejei sair bem cedo, às 5:00, até porque precisaria pegar o caminho longo, uma vez que o trecho entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul está interditado e o caminho por Bom Jesus não me inspira confiança pelo asfalto.

Acordei umas 4:15, tomei um banho, botei a roupa, arrumei a bagagem na moto, beijei a esposa, acariciei e beijei os meninos e parti. Exatamente às 5:00.

Em São Chico.
O início de viagem foi tenebroso! Primeiro, como uso óculos e a perna dele me força as têmporas, deixando-me com uma dor de cabeça terrível, tentei usar uns óculos com elástico (que possui um clip interno com lentes de grau). Mas aquilo, no clima ainda um tanto frio da madrugada, embaçava demais e a visibilidade era muito ruim. Então parei em São Francisco de Paula e coloquei de volta os óculos velhos de guerra. 

Aí, saindo de São Chico, o sol nascendo, bem, tudo vai melhorar, não? Não! Do nada o céu sumiu, uma neblina e umidade inacreditável. Novamente não via nada e fiquei encharcado. Pior que chuva, porque a água não escorria da viseira. E muito mais frio. Fiquei quase ao ponto de desistir. Parei para tomar um café no posto de Tainhas e esperei que o céu abrisse ao menos um pouco. Não abriu. Mesmo assim segui viagem.

Em Vacaria.
Até Caxias a serração e a umidade continuaram a fazer da viagem um horror. Depois melhorou. Ainda um pouco frio e bastante nublado, mas agora eu já podia enxergar. Mas a tensão do início me deixou dolorido e cansado. Parei na saída de Vacaria para abastecer e aproveitei para relaxar um pouco.

Depois de Vacaria o céu começou a abrir e a viagem se tornou mais prazerosa. Chegando em Curitibanos, ainda nublado, mas bem pouco, o sol deu as caras e prometia brilhar forte. E brilhou forte e quente. Muito quente!

Cheguei ao evento em torno das 13:00, cumprimentei o xerife, que recepcionava os participantes, encontrei o local com as cores dos Lixões, que ainda não tinham chegado, e já me acheguei. Logo depois alguns deles, que foram antes e montaram o espaço deles, chegaram e, como era de esperar, me receberam muito bem. Conversei um pouco com eles e depois fui comer um burguer em um dos food trucks.

Pouco tempo depois, já de volta ao ponto de concentração dos Lixões, eles chegaram, barulhentos e divertidos. Cumprimentei vários e paguei a cota para aproveitar a cerveja e o churrasco. Depois disso, vocês podem imaginar como foi... 
Uma das poucas fotos que tirei durante o evento
(as três Softail estavam bonitas juntas).
Ah, sim, eu levei a GoPro e o celular (para tirar fotos), mas acabei não fazendo uso, exceto por umas poucas fotos (todas postadas aqui e/ou no Instagram). Achei que não saberia registrar o evento, seja com foto, seja com palavras. Assim, posso resumir dizendo que de tudo que vi no evento há três coisas que vale destacar:
  • Antes de tudo, cabe falar mais um pouco dos caras dos Lixões MC. Vários deles me cumprimentaram muito afetuosamente e me perguntaram sobre a casa nova, sobre a tentativa felizmente frustrada de vender a moto, sobre a viagem... Demonstraram muito respeito e atenção. Eu gosto muito desse pessoal!
    Lixões MC, as motos.
    Lixões MC, as cores. 
  • Havia uma Indian Chief Vintage de algum participante do evento e mais uma Vintage e uma Classic em um dos stands. A Chief é uma moto impressionante. Brasileiro não gosta muito do estilo paralamão, mas é exatamente o meu gosto: uma moto imponente e, uau, aquele motor! Mais: a moto vestida é bonita e tal, mas pelada ela é um desbunde! Eu acho mais provável eu tocar o bom e velho "projeto bagger" com uma Road King (que também é uma moto impressionante, apenas que já é velha conhecida), mas, por essa possibilidade de configuração pelada, eu queria mesmo era a Springfield.
    Indian Chief Classic.
    Indian Chief Vintage.
  • A maior e mais agradável surpresa que eu tive foi ver uma Sportster Custom prata com o dresser kit cromado para o motor. A surpresa foi agradável porque eu cheguei a pensar que o dresser kit, ao contrário das capas cromadas em si, não ficaria tão bom. Mas fica. Sim, um olhar atento vê logo que se trata de uma capinha e não de peça do motor. Mas pela diferença de custo, eu acho que a coisa vale muito a pena. Além disso, a moto estava com outras peças cromadas cobrindo o motor cinza. Perfeito! É isso o que vou fazer (a hora que a grana não estiver assim tão escassa).
    Engine dresser kit, lado direito.
    Engine dresser kit, lado esquerdo.
Depois de uma boa bebedeira e um bom charuto, saí meio que de fininho para a área de camping. Montei a barraca, enchi o colchão inflável e desmaiei nele. Cochilei bem umas duas horas e depois acordei para um banho e um sono mais confortável. Fiquei um tanto decepcionado com o comportamento dos acampantes. Muito barulho e pouco respeito (demonstrado também na sujeira deixada nos banheiros). Mas, enfim, a área destinada ao camping era boa (só faltou pontos de energia, mas eu me virei com isso) e eu estava cansado pacas... Dormi mesmo assim.

Iniciando a volta.
Acordei no domingo lá pelas 7:00. Desmontei o acampamento, montei as coisas na moto, fiz minha higiene e parti de volta para casa, parando antes num posto para abastecer e me hidratar (rapaz, como eu estava precisando disso).

A volta foi bem mais tranquila e gostosa de fazer. O céu estava nublado por todo o caminho, mas não choveu nem estava frio. Agora com boa visibilidade, pude ver que a estrada é bastante divertida, apesar das irregularidades e buracos na pista que fazem das curvas mais perigosas do que deveriam (mesmo em baixa velocidade).

Ah, a propósito, descobri que o que me causava dor de cabeça pelo capacete era o conjunto "perna do óculos - balaclava - botão da espuma mal fechado" (sim, todo este tempo com este capacete eu achava que o posicionamento dos óculos só ficaria bom com o botão aberto). Tirei a balaclava, consegui posicionar os óculos com o botão da espuma bem fechado e, voilà, adeus dor de cabeça! Mas eu ainda o quero trocar por um capacete articulado.

Voltei na boa, bem devagar e curtindo o passeio. Cheguei em casa lá pelas 15:00. Uns trinta minutos depois o céu desabou em chuva torrencial. Ainda bem que eu já estava no calor e no conforto do lar, nos braços da minha amada esposa e dos meus filhos!
De volta ao lar! Até a próxima...

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Tattoo 3 - LRRM, ainda a cicatrização

Como eu disse na postagem anterior, antes de continuar a falar sobre a garagem-bar, vou fazer uma pequena nota sobre a evolução da tatuagem.

Eu tentei tirar várias fotos e em nenhuma se consegue ver o que se vê "ao vivo". Dá para ver que está diferente, mas não se vê tudo o que se vê a olhos nus. Então escolhi uma qualquer delas para mostrar como está agora.

A tattoo com pouco mais de três semanas.
E, bem, está agora descascando, muito depois do que me foi dito ser "normal". Nada demais, afinal, cada organismo reage a seu próprio modo. Mas o caso é que enquanto vai descascando (e o processo está bastante lento), fica feio pacas: parte preta, parte acinzentada, parte esbranquiçada. E esta parte esbranquiçada parece apresentar falhas. Que não dá para saber se é só a pele nova por cima ou se há mesmo alguma falha.

Bem, seja como for, tenho que esperar o processo de cicatrização terminar (por completo). Já conversei com a tatuadora e combinamos de fazer algum retoque que seja necessário (se for mesmo necessário, e acho que será, principalmente no mindinho e em algum traço mais fino) quando eu for fazer a próxima tatuagem.

E, ah há, isto é uma nova: decidi fazer aquela velha ideia "cruz e Bíblia" no antebraço esquerdo, em preto e cinza (preferencialmente realista, mas veremos). A princípio vou fazer isso em janeiro próximo, mas posso adiantar ou atrasar a coisa conforme a conveniência.

Enquanto isso, fico aqui ansioso que este processo de cicatrização termine logo!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Tattoo 2 - LRRM, a cicatrização

Eu achei que só escreveria sobre tatuagem de novo quando fosse fazer mais uma. Mas há assunto para a que já tenho.

Antes de fazer a tatuagem, foi-me dito que, pela própria renovação da pele, os traços nos dedos se "apagam" mais rapidamente, exigindo retoques mais constantes (3 contra 5 anos para desenhos em outras partes do corpo, disseram). "Tudo bem", eu pensei. Mas não me dei conta de que outros "transtornos" pudessem ocorrer. 

Quanto aos cuidados, logo depois da tatuagem feita, avisaram-me: pode sangrar, pode apagar um pouquinho, pode "descascar", pode coçar e, se não cuidar bem, pode infeccionar. Bem, dez dias passados, prazo que, dizem, é o da cicatrização, não me sangrou, nem infeccionou, nem "descascou". Lá pelo sexto ou sétimo dia coçou bastante, mas no oitavo ou nono já passou. Seja como for, vou continuar a passar a pomadinha para tattoo por um bom tempo!

Não mencionei que "não apagou um pouquinho". Não porque o preto tenha acinzentado ou esverdeado. Não é isso. O que aconteceu é que algumas dobras da própria pele ficam sem tinta. É bem pequeno e quase imperceptível, mas é algo sobre o que vou conversar com a tatuadora para ver se algum retoque, agora ou daqui a um tempo, será necessário.

Outra coisa interessante é que li que, fatalmente, borra. E tanto mais quanto mais passa o tempo (vi, inclusive, num blog, um comparativo, desde feita até seis meses depois, de uma tatuagem que borrou e apagou bastante). A tatuadora me disse que as bordas se expandiriam um pouco. É também bem pouco perceptível, mas já vejo um pouco disso. Mas, ao contrário de ser um prejuízo às letras tatuadas, acho mesmo é que está ficando melhor.

Como a tatuagem é algo mais vivo que imaginei, vou registrar aqui algumas fotos ao longo do tempo, para ver como a imagem da tattoo evolui. Agora está assim:

A tatuagem, dez dias depois.

sábado, 22 de outubro de 2016

Motos e fotos 11

Autor: Roberto Vargas Jr.
Nota: Dia lindo para um passeio. Que, infelizmente, não vai rolar. Mas há tempo para uma boa foto!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Tattoo 1 - LRRM

Que malvadão não possui uma tatuagem? E eu aqui com a pele limpa. Preciso fazer uma.

É claro que isso é só uma piada. Mas também é fato que tatuagens fazem parte deste mundo. Difícil ver um motoqueiro que não tenha uma ou, ainda mais difícil, que não curta. Eu curto desde sempre, mesmo ainda bem antes de ter uma moto. Mas nunca tive coragem nem ocasião para fazer.

Em parte por conta do desenho. Tatuar o que? É algo muito definitivo, ainda que haja meios de tirar ou cobrir. O desenho tem que ser um com o qual saibamos que vamos conviver em paz "para sempre". Em parte também porque não tive muita confiança em uns poucos tatuadores com quem conversei. (E mais uma parte porque a grana tinha outras prioridades.)

Quanto ao desenho, eu já pensei em várias alternativas, e o local desejado para tatuar sempre foi as costas. Adolescente eu tinha uma caveira em ângulo com uma cabeleira rosa, que, inclusive, eu também queria colocar na minha prancha de surfe (sim, um dia eu peguei onda). Ainda adolescente eu pensava numa cruz em pedra, uma Bíblia aberta sobre ela (no braço vertical) e no patíbulo (o braço horizontal) um cérbero (aquele do cartaz do filme Drácula de Bram Stoker). Mais recentemente eu me satisfazia com apenas a cruz em pedra e a Bíblia aberta.

Mas tudo isso é muito óbvio e lugar comum. Cristão, de uma forma geral, não é muito afeito à tatuagem, mas quando é, a cruz é sempre a mensagem imediata. Não que eu tenha deixado de curtir, nem que eu me arrependeria, se a ocasião e a coragem tivessem chegado. Mas que eu comecei a pensar em algo menos óbvio e mais poético.

Certa vez um amigo me sugeriu: "Já que você curte, por que você não tatua ´Deus preferiu esta carne'?" Opa! Gostei disso. A afirmação é trecho de uma canção do grupo Palavrantiga, e remete a que nosso corpo é templo de Deus. É algo ao mesmo tempo poético e provocador. Decidido: a tatuagem nas costas terá esta frase.

Mas e o desenho? Há tempos eu tenho refletido sobre a morte. Numa velha postagem do blog que possuía este endereço eu escrevi que a morte é temível, mas desejável. E a boa e velha imagem da travessia do Jordão do deserto para a Terra Prometida, desta vida de cansaço para a Vida Eterna sempre me vinha à mente. Mas como desenhar isso? Difícil.

Então Tolkien me apareceu com a imagem dos elfos nos Portos Cinzentos, partindo da Terra Média em seus navios para o Reino Abençoado. A conexão com a travessia do Jordão me foi imediata, e o desenho possível. Feito! Este será o desenho. Aí coloco a referência bíblica (Fp 1:21) em algum lugar dele e tenho meu desenho definitivo com o qual poderei conviver.

The Gray Havens (os Portos Cinzentos). Uma base para fazer meu próprio desenho.
Imagem retirada da internet via Google Imagens.
A ideia está aí, agora é encontrar um tatuador que me proponha um desenho com base neste tema em uma ocasião propícia.

Antes disso, porém, podemos fazer algo menor e ainda assim significativo. Foi o que fiz. Na frente do meu trampo tem um estúdio: Mayã Briefs Tattoo Shop. Depois de estudar uma fonte apropriada, passei lá e marquei uma sessão para uma tatuagem pequena, as iniciais dos membros da minha família em meus dedos. Feito! Está na mão!

Para sempre família!
Foto tirada, já em casa, após terminada a tatuagem.
Uma nova postagem desta série é bem capaz de demorar muito. Mas espero ter um dia esta minha ideia posta nas minhas costas! (E eu mato quem roubar minha ideia! rsrsrs)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Motoqueiro ou motociclista?


O Bayer, do excelente Old Dog Cycles, voltou a tratar de um daqueles temas para lá de recorrentes no mundo das duas rodas: qual a diferença, se é que há, entre motoqueiros e motociclistas? Publicou como uma postagem um comentário de um leitor.

Pela minha própria formulação da pergunta, já deixo a dica do que penso a respeito. Deixei um comentário na postagem dele e a replico aqui, acrescentada de uma explicação:

Pela descrição do texto, eu não sei se sou motoqueiro ou motociclista. Eu faço e não faço coisas de ambos os grupos. Veja só:
"O termo motoqueiro se presta mais adequado aos que tem sobre duas rodas um estilo de vida e não pilotam por mera diversão ou mesmo por conveniente ocasião. 
Motoqueiro não faz passeios, não vai “ali dar um rolê” ou usa sua moto mais cara para subjugar o semelhante que tem uma máquna mais simples. Motoqueiro é extremamente orgulhoso da máquina que tem, mas não sabe ser esnobe."
Eu tenho este "estilo de vida"? (Os "real bikers" não brigam tanto com a Motor Company pelo "lifestyle"? Lifestyle por estilo de vida...) Não sei. Sei apenas que "moto" ocupa um lugar proeminente em minha vida.

Eu nem sei se "piloto". Eu ando de moto! Não exatamente por "mera" diversão, mas por pura diversão e toda ocasião é conveniente.

Eu faço passeios e viagens. Eu dou um rolê. Não uso minha moto para subjugar ninguém. (Como se subjuga alguém com uma moto? Assumo que ele quis dizer "humilhar".) 

Não sou "extremamente orgulhoso" por minha moto. Gosto dela. Extremamente. Mas não vejo razão para orgulho. (Assumo, porém, que o "extremamente orgulhoso" se refira a isso.) Nem vejo razão para esnobismo.

Pelo que repito: "Pela descrição do texto, eu não sei se sou motoqueiro ou motociclista. Eu faço e não faço coisas de ambos os grupos."

A verdade é que a distinção, seja nesta descrição dada, seja em qualquer outra, é tão forçada e tão dependente do “universo” de quem dá a descrição que não é senão falsa. Tanto faz o termo, “motoqueiro” ou “motociclista”. Há gente boa e gente ruim usando para si ambos os termos. 

A propósito, os filmes são “Ghost Rider” e “Wild Hogs”. A tradução dos títulos certamente passa bem longe de qualquer treta por conta de oposições entre “motociclistas” e “motoqueiros”, que o tradutor por certo ignora completamente. 

Aliás, para qualquer tradutor que não ande de moto, “motociclista” é um só um termo mais formal e “motoqueiro” um popular. Nada mais. E, para mim, isto está mais que bom!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Lady Day e a garupa

Desde que rebaixei a Lady Day, nunca mais havia andado garupado, exceto por breves caronas ao meu primogênito para e da escola. Como ele é muito levinho, é praticamente a mesma coisa que andar solo.

Por isso, sempre que reclamam do amortecedor da Sporty, eu simplesmente dou de ombros. Digo que a moto é mesmo um pouco cabrita, mas me é confortável o suficiente.

Hoje, porém, o carro estava em manutenção e a minha esposa foi à garupa. Caramba! É simplesmente impossível andar garupado!

Primeiro, eu admito, não é só a Minha Linda que não sabe ser garupa, fazendo pêndulos para lá e para cá, eu também não sei andar garupado. O equilíbrio da moto é totalmente outro e, como sempre ando solo, não me acostumo com garupa de jeito nenhum. É um sufoco manter o rumo mesmo quando minha esposa não está a fazer pêndulo.

Mas, além disso, a moto desceu tanto com o peso extra que eu quase sentia o pneu raspar o paralama. E por certo só não deu fim de curso porque eu andei devagar quase parando.

Ah, sim, minha esposa também reclamou do chão de paralelepípedo. "Dói o bumbum." - diz ela. Imagine a reclamação se tivesse uma pancada de fim de curso! Ainda bem que o trecho sem asfalto era curto e os solavancos foram minimizados o mais que pude.

De fato, como eu disse, em outras palavras, alhures, Sportster não é moto para garupa. Ou, como eu li certa vez não sei onde: "garupa é aceitável, mas não é bem vinda"!

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Motos e fotos 10

Autor: Roberto Vargas Jr.
Nota: Dias nublados, chuvosos, tristonhos.
É verdade que ainda são bonitos. Mas Lady Day e eu ficamos ansiosos.

domingo, 28 de agosto de 2016

Motos e fotos 9

Autor: Roberto Vargas Jr.
Nota: 20160828 Ride. A estrada é sempre a mesma...
Autor: Roberto Vargas Jr.
Nota: 20160828 Ride. ...E a paisagem é sempre a mesma. Mas eu não deixo de curtir!
Autor: Roberto Vargas Jr.
Nota: 20160828 Ride. Uma paradinha na Cervejaria do Farol para uma IPA
antes de voltar satisfeito para casa! 

sábado, 27 de agosto de 2016

Motos e fotos 8

Autor: Roberto Vargas Jr.
Nota: Belíssimo dia.  Apenas poderei, talvez, rodar mais à tarde.
Mas o dia está muito bonito para não tirar já uma foto!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Sportsters, garupas e malas

Os caras gostam de Sportster. Brasileiro gosta de moto com visual mais "agressivo". Na verdade, brasileiro gosta mesmo é de esportiva, e isso mesmo quando pensa em uma custom. 

Não é tão comum cara que gosta de custom com cara de custom, cheia de cromo e com jeito de tiozão. Ao invés de Deluxe e Heritage, a maioria gosta mesmo é de Fat Boy, bem preta e pelada, e de Breakout. Nada de Sportster C! Só N, R, X ou outra letra qualquer. C não! Mas se for C, bora mudar até ficar com cara de não-C.

Daí os caras querem uma Iron para rebaixar e andar garupados. E ainda viajar cheio de mala. Capaz ainda de cada um, motoqueiro e garupa, pesar mais de noventa quilos. Fora a bagagem. Depois fica se lamuriando que Sportster não confortável, fica batendo fim de curso, bota banco comfort, gasta uma fortuna em amortecedor... Isso para não contar que já matou o visual "esportivo" que tanto gostam.

A moto simplesmente não é para isso! (É verdade, também tem gente que radicaliza e não quer saber de garupa nem de conforto; só visual. Bem faz esta gente!)

Eu ando com uma C, que tem amortecedores originais mais baixos (11.5" contra 13"), rebaixada e ando quase sempre solo. Eu certamente peso menos do que noventa quilos. Acho a motinha confortável o suficiente, dada sua proposta, ainda que um tanto cabrita, e não bate fim de curso, não importa a bagagem que eu coloque.

Quer andar garupado? Quer viajar cheio de mala? Quer, por cima disso tudo, manter sua moto bonita? Sportster não é a sua moto!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Motos e fotos 7

Esta é mais uma daquelas em que o que vale na foto é a moto, não a foto em si.

Eu acho as H-Ds com sidecar bonitas. Mas as Indian combinam perfeitamente com sidecars! Esta Chief Vintage, por exemplo, ficou realmente belíssima. 
Autor: Florida Sidecar Products, via Pinterest.
E olha o conforto e o luxo do carrinho lateral. Inacreditável!
Autor: Florida Sidecar Products, via Pinterest.
Outras vistas:
Autor: Florida Sidecar Products, via Pinterest.
Autor: Florida Sidecar Products, via Pinterest.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A propósito de capacetes, segurança e a minha escolha

Um amigo trouxe de volta uma velha e recorrente discussão a respeito de capacetes. Questiona ele se há realmente diferença significativa entre capacetes considerados “top” e outros mais comuns (desconsiderando, claro, aqueles que são claramente inferiores).

Não há dúvida que estes capacetes mais caros possuem melhor acabamento e mais "subsídios" de segurança (quiçá mais "tecnologia"). O pano de fundo deste questionamento, porém, se dá porque, uma vez que estes capacetes "top" são assim tão caros, há certa preocupação com a segurança a tal ponto que se costuma perguntar: “quanto custa sua cabeça?”

Sharp Helmets:
Sempre confira os testes do
capacete de seu interesse lá!
Eu obviamente considero relevante a preocupação com a segurança, mas também considero um exagero a busca por um capacete “de marca”, com selo DOT (porque o do Inmetro é uma piada) e com o melhor ranqueamento no Sharp Helmets (um avaliador britânico de capacetes que é referência quanto à segurança).

Note bem, eu considero tudo isso interessante e quanto mais “top” o capacete e quanto mais subsídios de segurança, melhor. O que eu não considero salutar é a paranóia por segurança que se vê em discussões a respeito e a compra de capacetes caríssimos por conta disso.

Sem qualquer intenção de influenciar quem quer que seja a respeito disso (cada um sabe de si e responde por si), a minha posição quanto a compra de um capacete é que nem a pau eu pago a fortuna que cobram nos capacetes considerados "top". Pelo menos nas circunstâncias atuais. E são várias as razões.

Uma razão é a impossibilidade financeira. Talvez, se eu tivesse muita grana, como não faria lá muita diferença no fim do mês, então eu comprasse um. Mas eu não tenho condições, então eles estão fora de qualquer cogitação. 

Outra razão é a própria questão da segurança. Todo mundo fala da superioridade dos capacetes fechados em relação aos articulados (e ambos em relação aos abertos) e também do ranqueamento Sharp Helmets. Nem vale questionar isso. Tudo verdade. Mas é verdade também que mesmo o capacete fechado cinco estrelas e indestrutível pode sofrer com uma barra-de-direção-Ayrton-Senna... O que quero dizer com isso é que vale se prevenir da melhor forma possível, mas capacetes mais comuns também fornecem um bom nível de segurança e, em última instância, não há neura que te salve de alguma fatalidade. 

E a razão que talvez seja a principal é o conforto. Eu me sinto absolutamente claustrofóbico em capacetes fechados. Tenho um da H-D que comprei para "experimentar" e, minha nossa!, eu até uso, mas uso para não perder meu dinheiro (tenho, agora que me livrei das velharias, apenas dois capacetes, um aberto old school que só uso na cidade e o HD, fechado, que uso na estrada). Não vejo a hora de comprar um articulado e me sentir mais à vontade. 

Ainda quanto ao conforto, o nível de ruído é algo que eu gostaria de minimizar, mas aí o papo voltará à questão financeira. E, também, outra coisa que me importa muito é que uso óculos. O maior dos meus arrependimentos quanto à compra do capacete fechado é o incômodo que os óculos me causam, tanto na hora de vestir (capacete e óculos) quanto rodando, pois as pernas dos óculos pressionam minhas têmporas, chegando mesmo a causar dor de cabeça. Sei que muitos capacetes têm algum esquema para a colocação dos óculos, mas é certo que os articulados são mais confortáveis quanto a isso. 

Por fim, a questão estética. Eu uso o aberto old school obviamente uma opção acima de tudo estética (é por conforto também, claro, mas é principalmente estética). Se possível, na minha próxima compra de capacete, escolherei algum articulado que seja mais "bonitinho", um que me vista e eu me sinta à vontade com ele.

Assim, atualmente, eu considero duas opções para a minha próxima compra: o Shark Evoline Serie 3 e o "genérico" dele, o LS2 FF393 Convert.

Shark Evoline Serie 3 Mezcal Chrome.
Apesar de o Evoline ainda ser muito pesado, pelo menos em relação aos fechados, o que conta contra o conforto, o acabamento é muito bom e as cores são muito bonitas, especialmente o Mezcal Chrome. Além disso, é muito bem classificado no Sharp Helmets (cinco estrelas), mesmo com um índice de integridade nos testes não tão alto assim (57% se mantém íntegros). Seria minha primeira opção. Mas ainda é muito caro.

LS2 FF393 Convert (White e Black; eu pegaria um preto).
O LS2, dizem, é muito barulhento. Mas é pouca coisa mais leve que o Evoline. Não é tão bonito quanto um Mezcal, mas o "monocolor" preto é bem bonitinho. É três estrelas no Sharp Helmets, o que não é tão bom, mas também não é tão ruim assim. O índice de integridade é que assusta um pouco: apenas 37% se mantém íntegros. Bem, o Evoline é melhor em tudo, mas se a grana não der, o LS2 é a opção que se segue.

Notem que não falei nada sobre o conforto. Quando da compra, terei que experimentar ambos e decidir se são confortáveis o suficiente. Restando esta questão do conforto e, claro, da grana disponível, ainda posso avaliar algum outro articulado qualquer. 

Certo é que preciso de um capacete mais seguro e confortável para a estrada, mantendo em casa o claustrofóbico fechado apenas para "enfeite", e o old school para a cidade. 

Em resumo, eu não vou ficar com nóia quanto ao capacete. Vou comprar e usar aqueles que meu bolso permitir e me forem confortáveis e agradáveis de ver, com segurança suficiente. Ou, em outras palavras, vou comprar o capacete que me apresente o melhor resultado na equação custo-segurança-conforto-estética, sem neuras!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A garagem dos sonhos 4 - Sidecar

Um outro projeto que seria uma alternativa para uma segunda moto (para um resumo das alternativas que já mencionei: A garagem dos sonhos 2) seria um com sidecar.
Road King (branca!) com sidecar. Belíssima moto!
Imagem: Motocarga: sidecar passageiro classic (um raro fabricante nacional de sidecars).
Eu sempre achei muito legal moto com sidecar. Mas, se for para ter um, apenas se for uma segunda moto. Pois, se bem entendi a (sempre absurda e confusa) legislação brasileira, o documento da moto fica como veículo com três rodas e o sidecar não pode ser "destacável". Se assim é mesmo, é uma pena.

Em todo caso, um projeto de uma segunda moto com sidecar é bem interessante. Ainda mais porque tenho dois filhos pequenos e por várias vezes eles quiseram sair comigo de moto. Mas como fazer com dois? Ah, seria uma delícia ir ao Bikers Pub com meus moleques não de carro (ou de bicicleta), mas de moto! O sidecar viria bem a calhar.

Aí, de vez em quando, fico aqui a pensar em comprar uma CG bolinha azul (ou branca) e botar um sidecar nela! Na verdade podia ser uma CG, uma CB, uma outra Honda (como a CB 750F 1975 abaixo) ou Yamaha ou Suzuki ou qualquer uma maior neste estilo, uma Mirage, uma Dafra (a Horizon 150, imitando a 883 R, não é bem um sonho, mas serviria bem a este propósito), uma Royal Enfield, uma Triumph... Uma Bendita Macchina (vale dar uma olhada nos projetos dos caras)... Até uma H-D!

CB 750F 1975 com sidecar, de Mauricio Dalpiaz.
Pensando em motos de baixa cilindrada, novas ou usadas, este projeto nem fica assim tão caro. Mas como estes tempos são de vacas magras e nenhum gasto supérfluo é oportuno...

Raio de mundo injusto!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Motos e fotos 6

Autor: Roberto Vargas Jr.
Nota: A Lady Day em sua nova casa, em garagem provisória.
A única área externa algo coberta.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Capacetes: Indian Motorcycles

Não tenho muita informação sobre o capacete, exceto que o autor da foto se chama Lobão, o artista se chama Igor e o possível proprietário se chama Alexandre Peixoto. Baita foto, aliás, e belíssimo capacete!
Autor: Luciano Meirelles Lobão, no Instagram.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Motos e fotos 5

Mais pela moto que pela foto, uma bela Heritage. E, bah, como eu gosto de motos brancas!
Autor: Billy Sharp, no facebook.
Nota: 2003 Heritage Classic.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Chicanas

Eu sempre associei as chicanas com apes e mantas e pintura extravagante e rodas dianteiras enormes e longos duals com fishtail... Enfim, eu sempre associei este estilo a algo um tanto baiano (sei lá se usam esta gíria por aí ainda, significa ridículo, exagerado, brega).

Mas agora, depois de alguma pesquisa por conta da postagem Motos e fotos 4, em que o autor da foto menciona seu projeto com a Road King como "cholo style", descubro que beachbar também vale e todo o resto é meio que opcional, ou "a gosto", desde que o visual final seja aquele característico. E também descubro que as chicanas são chamadas de "cholo" (relacionado a "hispânico"), "socal" (de "Southern California) e/ou "vicla" (algo relacionado a "bicicleta" em espanhol).

Se bem que para o "vicla" pareça ter um lance étnico e local mais forte relacionado, bem, o branquelo que monta uma neste estilo ainda faz este estilo, mesmo que seja imitação. De qualquer forma, o projeto ainda é "cholo/socal/vicla style". Ou: uma chicana!

Agora, o que me espanta mesmo nisso tudo é que, tirando certas extravagâncias, isto quer dizer que eu sempre gostei de chicanas sem saber!
Uma chicana. Ao meu gosto, exceto pelo ape hanger: prefiro beachbar.
Fonte: postado num forum gringo, mas sem crédito.

domingo, 1 de maio de 2016

Motos e fotos 4

Se o título fosse "Meu projeto bagger 2" também caberia muito bem. De diferente, para o meu gosto, eu apenas teria banco solo (com rail e com um bagageiro, já que não haveria garupa) e o tour pak, que até poderia ser assim, chopped, mas seria num suporte solo e destacável. Eu também não colocaria aquele detalhe no paralama dianteiro. O resto está perfeito!

Autor: Mike.
Nota: 2015 Harley Davidson Road King "Full Cholo Style".
Autor: Mike.
Nota: 2015 Harley Davidson Road King "Full Cholo Style".
Autor: Mike.
Nota: 2015 Harley Davidson Road King "Full Cholo Style".
Encontrei esta moto num site de vendas gringo (pelo que não incluirei links). O autor assina como Mike e assim ele descreve o projeto (informações para a venda, pelo que tirei algumas delas):
This is my latest project. After really concentrating on the cholo style bikes for my builds I wanted to do a road king and see how it turns out. The Road King provides a completely different style and look from the softails I have done in the past and provides storage, extremely better ride quality and function. This is a brand new bike, ought and taken to a shop to break in on the dyno as well as tune it for the exhaust and intake. The bike has 120 miles total and was completely built up to what you see. Harley parts were removed and chromed, it has adjustable air ride in the rear with on board compressor, owered 2 in the front, full freed fishtail exhaust, Pare Bare Bones seat, Vance and Hines V2 intake, each bars with chrome controls, custom floor boards, rips, ag rails, and misc accents. It has a 21 inch DNA radial laced mammoth spoke wheel with a new Avon 120/70/21 tire, the rear is a Metzler 880 marathon its also new (I had to mix brands because no one makes these sizes in a set) and a chopped Razor tour pack with all stock Harley quick disconnect parts. This bike is showroom condition, rand new, under warranty (...). (...) I also have a full stereo that includes speaker lids, 6x9's in the lids and I put 1 in each bag with JL amp with bluetooth so you are able to run it from your phone.

Motos e fotos 3

Esta foto foi tirada pelo Arthur Corbetta Jung, que fez uma viagem fantástica, e solo, para a Cordilheira dos Andes. Foi postada pelos camaradas dos Lixões MC, compartilhada pelos Harleyros e postada pela Biltwell no Instagram.

Como eles dizem: "L.M.C., espalhando o chorume 'worldwide'". E acrescento eu: em grande estilo!

Autor: Arthur Corbetta Jung.

sábado, 30 de abril de 2016

O meu projeto bagger

Eu menciono frequentemente o meu "projeto bagger". Creio que convém falar um pouco mais sobre ele e mostrar explicitar minhas razões e as possibilidades.

Esqueçamos a "garagem dos sonhos", com, no mínimo, duas motos, e nos foquemos na moto dos meus sonhos. É claro que eu curto vários outros estilos, mas não tem jeito, toda vez que penso numa moto para a vida inteira, penso numa bagger. Vou namorando com outras (e ainda acho que vou mesmo 72tizar minha C, se a grana me permitir), mas casar só com uma grande dresser.

Mas eu também gosto de ver as motos nuas. Pelo que deve haver um jeito de sempre tirar o vestido. Assim é que fico com as opções que sempre menciono alhures: uma Softail (DeLuxe ou Heritage), uma Road King ou uma Indian (Chief Classic, Chief Vintage ou Springfield). A idéia é ter uma bagger com o máximo de destacáveis e com o visual mais retrô possível.

Os destacáveis incluem, se possível, o morcegão (por isso tiro as Tourings com fairing fixo do projeto). Seria melhor se até os alforges fossem destacáveis, mas não faço questão. O visual retrô inclui até o rail para o banco e não dispensam, de forma alguma, as rodas raiadas. Beachbar e escapamento duals também são fundamentais. Esta Road King indica bem o rumo que quero tomar para este projeto (exceto que eu prefiro os alforges rígidos ao invés do de couro):
Fonte: HD Forums, usuário claper57.

Isto me leva, finalmente, à motivação deste post, que é indicar os prós e contras de cada um dos modelos que mencionei (apenas no que se refere a deixar a moto com o visual que desejo; aspectos técnicos podem contar, mas, para mim, estão em segundo plano).

As Softail são as mais versáteis e só dou certa vantagem à DeLuxe em relação à Heritage porque o visual dela é mais retrô. Mas o que vale para uma vale para a outra. Partindo da moto original, coloca-se um duals, o beachbar, o morcegão destacável e os alforges. Voilá! Prontinha! As outras alterações, de menor monta, são todas muito fáceis de fazer. Sem contar que o visual nu das Softail é imbatível!

De desvantagem só o custo para fazer tudo isso e os suportes dos alforges, que ainda não vi uma solução destacável que ficasse realmente boa. Os Easy Brackets ainda são a melhor forma de deixar destacável e a Cycle Visions ainda são a melhor adaptação dos alforges originais HD, mas é fixo. Já vi umas fotos destes suportes cromados, sem os alforges, e até que não fica ruim. Mas eu ainda acho o exagero de cromados um exagero! E o ponto é que, se for para deixar uma Softail como uma bagger "fixa" (com alforges sempre instalados), então é melhor partir logo para a Road King.

A Road King exige apenas a troca do guidão e o morcegão destacável (lembrando que o parabrisa pode servir por um bom tempo enquanto não se adquiri o fairing). Isso se mantivermos os alforges (que são rígidos, mas são revestidos) de couro. É uma bagger mais pronta. E mesmo o desejo de rail no banco não é algo tão distante em termos de investimento. Sempre se gastará bastante, claro, mas, contando que esta é "para casar", o que faz o investimento valer, ainda a Road King me parece a melhor opção, pensando só na grana.

A propósito, o Villis agora tem um fairing para Road King, o que facilita muito o projeto, pois, até então, eu só conhecia fornecedores gringos.

A maior das desvantagens da Road King é que é uma bagger fixa. Até se pode tirar os alforges. Mas bonito não fica de jeito nenhum.

Por fim as Indian. A Chief Classic vem pelada e a Vintage vem cheia de franjas. Mas ambas chegam ao mesmo lugar que a Springfield (ver Motos e fotos 2), que é uma bagger bastante pronta, como a Road King, com a vantagem de os alforges serem destacáveis, ficando com um visual nu lindo, como as Softails. Sem contar o Thunder Stroke que, sozinho, é uma obra de arte!

Desvantagem das Indian? O preço. Que já será muito alto para a Springfield (quando/se vier ao Brasil) e demanda um investimento impagável para os outros modelos (que também são caríssimos). Pelo menos para mim, pelo que vislumbro para os próximos anos, mesmo considerando o mercado de usadas. Outra desvantagem é que, ao menos até hoje, eu não conheço um fairing destacável para as Indian. 

O que tendo a fazer, então? 

A Indian Springfield talvez fosse a minha escolha, não fosse o investimento proibitivo para mim. Em não sendo viável, praticamente descarto a possibilidade de ter uma Indian na garagem. Fico então entre os modelos HD.

Entre eles, meu coração sempre bate mais forte pela DeLuxe e a razão e o bolso pedem mais pela Road King. Tudo vai depender das circunstâncias da época em que eu for tocar o projeto adiante. E até lá, quem sabe grana deixe de ser uma restrição tão determinante!?

Por enquanto me resta continuar o delicioso namoro com a C e paquerar as todas as beldades que meus olhos vêem.

Motos e fotos 2

Eis o meu "projeto bagger" posto em prática. Eu até perdôo o exagero no couro (plataformas, mata cachorro e paralama).

Não sei qual o modelo original, mas suponho que seja a Indian Springfield. Lindíssima!

Fonte: Instagram indianmotorcycle.
Nota: A true expression of style with expert craftsmanship.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Uma parábola motociclística

É recorrente vermos a postura desagradável de motoqueiros que, por algum motivo incompreensível, acreditam que a marca de suas motos ou o tamanho do motor, ou alguma babaquice semelhante, faz deles algo mais do que são.

Um certo Livro dos Tolos tem uma excelente história que serve bem ao caso. Quem tiver ouvidos ouça!

Como se resumem os mandamentos para a vida eterna? “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” 
Certo homem descia a rodovia quando veio a cair, o que lhe causou muitos ferimentos, ficando semimorto. 
Casualmente, descia um harleyro jaquetinha por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. 
Semelhantemente, um jaspion descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Também uns big trail e outros abastados... 
Certo cachorro louco, porém, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. 
E, chegando-se, deu-lhe alguma atenção, ajudou com os ferimentos, e deu um jeito de leva-lo a tratamento.  
No dia seguinte, foi ao hospital e ainda ajudou com as despesas de internação.  
Qual destes terá sido o próximo do homem que caiu de sua moto? Ora, certamente o cachorro louco.  
Então, você, motoqueiro, vai e procede de igual modo.
(A parábola do bom samaritano, Lucas 10.25-37)

sexta-feira, 15 de abril de 2016

A garagem dos sonhos 3 - O carro

Agora que comecei, não consigo parar!

E agora digo que nem só de motos a minha garagem de sonho seria feita.

Se eu pudesse, ela seria bem grande e caberiam alguns carros também. Ou no mínimo três, sendo um deles um carro comum qualquer, talvez um SUV ou qualquer coisa que sirva para o dia a dia, outro seria um "premium" (argh, eu odeio isto, mas fazer o que? define bem o tipo de carro de que falo), e ainda um outro que seria um clássico, mas um clássico bem brasileiro.

O carro premium nem precisaria ser um top dos tops... Eu me satisfaço com um reles Mercedes Classe C. É, se eu fosse trilhardário e solteiro eu provavelmente diria que a garagem teria que ter um Porsche 911, que eu prefiro sobre todos os outros esportivos. Mas eu sou um senhor de família. E eu sei. Audi e BMW são mais joviais e tals... Mas eu também sou tiozão. Sempre fui. Mercedes Classe C é a minha cara!
Mercedes Classe C.
Imagem: Site da Mercedes.
E o clássico brasileiro seria o Opala, preferencialmente um Opala SS 78.

Sim, há vários outros clássicos que são muito bonitos e, seja lá qual o critério que se use, até melhores. Mas... Como explicar? É difícil dizer, pois quando eu era criança ou adolescente, eu só tinha olhos aos Porsches. 

Dos brasileiros o único que eu olhava com olhos cobiçosos durante minha adolescência era o Passat Pointer (que eu ainda curto). Aqueles bancos Recaro ainda eram um desejo meu até bem recentemente.

E o Opala? A verdade é que não faz muito eu ainda achava o Opala até mesmo feio (veja que heresia!). É bem verdade que eu sempre tive em mente mais o Opala quadradão dos anos 80 que os mais antigos. E, se bem que eu tenha diminuído esta minha aversão, eu ainda não curto os modelos mais "novos".

De uns tempos para cá, no entanto, eu comecei a olhar para as versões mais antigas com outros olhos, cada vez com mais interesse, cada vez gostando mais de suas curvas. Na verdade, até o Maverick, que mais que feio, eu achava horroroso, eu passei a admirar. Até a Kombi! Até o fusca! Mas dentre os velhinhos brasileiros todos, aquele que me fisgou o desejo tiozão retrô foi o Opala. E, como eu disse, preferencialmente o SS 78.

Opala SS 78.
Imagem: Anúncio no Mercado Livre.
Agora, eu digo "preferencialmente" porque eu não tenho desejo algum de originalidade. Não quanto à parte mecânica e não quanto ao interior. É o exterior do 78 o que eu quero, com aquelas faixas pretas e o símbolo SS na traseira. E eu gosto de qualquer cor, mas sou maluco pelo branco.

Chevrolet Small Block.
Imagem: Site da Chevrolet.
Quanto à parte mecânica, eu gostaria de enfiar sob o capô um Small Block, ou qualquer um daqueles motores Chevrolet que coubesse lá. 

Não entendo patavina de mecânica, mas imagino que o trampo seja grande e o motor exija várias outras partes compatíveis. 

O interior eu gostaria que fosse todo "moderno". Pelo menos em termos de conforto e segurança, com outro tipo de bancos, cintos retráteis de três pontos, algum tipo de upgrade no painel e o que mais fosse possível fazer.

Bem, eu não precisaria ser trilhardário para fazer algum projeto com um antigo. Mas eu precisaria ter grana suficiente para fazer isso depois de realizar sonhos em duas rodas! Pelo que, se já tenho poucas esperanças de ir além da bagger em relação às motos, acho que carro teremos só o do dia a dia e, quem sabe, vacas engordando um pouco (e "um pouco" não é difícil), um velhinho de projeto sem muita imaginação.

Ao que eu volto ao mote da última postagem desta série: frustrante falar de sonhos para depois voltar os pés à dura realidade? Nem um pouco! Ao contrário, Sonhos mirabolantes alimentam os sonhos possíveis e os sonhos possíveis, ainda que não se tornem realidade, são o combustível que nos faz seguir lutando para transformar aqueles nesta!

Se há alguma coisa de frustrante nos meus sonhos é apenas que eu comecei a sonhar muito tarde. Passei boa parte da vida mais preocupado em sobreviver que em viver (as razões dariam um livro, mas um que não estou disposto a escrever, pelo menos não aqui) e agora, escolhas feitas, a expectativa de realizar alguns sonhos, mesmo alguns menores, é reduzida. Mas tentar continua a ser divertido.

Bem, eu não quero contar histórias que soem a, como dizia um colega de faculdade, "palavrinhas de esperança". O By Make não foi feito para isso. Mas, talvez, seja difícil para mim falar de meus prazeres sonhados sem pensar que, caraca, por que deixei tantos deles de lado por tanto tempo? Não é o caso, portanto, mas se fosse para deixar alguma "moral da história", esta seria: sonhe; lute por seus sonhos; e isso o mais cedo possível em sua vida!

Isto posto, let´s ride!

Redução de riser da 883 Custom

No finalzinho de 2014 eu fiz um pequeno "tutorial" no Forum Harley sobre o corte que fiz no riser para a instalação do ape hanger. Vou publicar aqui também até porque aqui dá para atualizar algumas fotos e/ou informações mais facilmente. Segue o texto que escrevi lá (com algumas edições):

883 C como chegou: original.
Eu só encontrei informações a respeito disso em um fórum gringo, então, se a alguém for interessante...

Eu já peguei a 883C com vontade de aumentar um pouco o guidão, mas aquele riser gigante é esquisito pacas. Não é qualquer guidão que orna. Só que eu também não queria trocar o copo: gosto dele para baixo, ao invés de para cima. 

Então vi num fórum gringo um cara que cortou o riser dele. Resolvi fazer o mesmo.

Peguei a menina com riser e guidão originais:
Lady Day, tal como a conheci.
O riser cortado.
Risers: original e cortado.
Comprei um riser extra (porque, se desse errado, ainda teria o original: meu temor era que o copo batesse no tanque e eu acabasse perdendo a peça) e mandei cortar e refazer a rosca. 

Após cortado, a diferença de altura é significativa. Talvez alguém ainda considere muito grandão, mas eu gostei do resultado.

Instalei o riser cortado ainda com o guidão original. O temor quanto ao copo bater no tanque era infundado, como se pode ver pelas fotos que seguem:
Riser instalado.
Riser instalado com guidão original. O visual fica agressivo.
Eu gostei do visual assim. E a posição fica até divertida. Mas só na cidade. Ao pegar a estrada, o que fiz duas vezes, uma num pequeno passeio e outra quando fui levar a moto para a instalação do ape hanger, é uma terrível dor nas costas.

Depois de um tempo, troquei o guidão e cabos. A princípio, eu deixaria os piscas nas bengalas. O resultado inicial foi esse:
Vista frontal com riser cortado.
Ape hanger recém instalado.
A configuração inicialmente pretendida:
guidão ainda um pouco para trás, piscas na bengala e bolsa de ferramentas.
Num churrasco com o pessoal da "Real Sociedade Motocicística".
Passado um bom tempo disso, eu comecei a não gostar nem da bolsa de ferramentas nem da posição dos piscas. Então tirei o primeiro e aumentei os cabos do pisca para passá-los por dentro do guidão.

Também fui, aos poucos, percebendo que tanto o visual quanto a posição de pilotagem ficavam melhores com o guidão inclinado mais à frente. Num primeiro momento ficou assim:
"Gimme light!"
Depois disso, em relação ao riser e guidão, apenas mudança do posicionamento. Atualmente está ainda um pouco mais à frente, privilegiando o visual. Mas, às vezes, trago um pouco mais atrás para melhorar o conforto.

Outras alterações estéticas continuam sendo feitas. O visual atual dela é este da foto que estampa a coluna lateral do blog em "Minha moto atual" (e que será atualizada sempre que houver alteração significativa).

E é isso. E eu que nem curtia ape hangers, estou curtindo pacas!

PS: O riser da 1200 (C e CA) é o mesmo, então acredito que a solução pode servir a estes modelos também.